ALEMA

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FAZENDA PALMIRA, ENTRE URBANO SANTOS E BARREIRINHAS

Uma página perdida da história dos ciclos das fazendas no Baixo Parnaíba Maranhense em meados do século XIX e início do século XX.
IMAGEM: JOSÉ ANTÔNIO
Quem viaja do povoado Boa União município de Urbano Santos ao povoado Jabuti município de Barreirinhas tem que passar pela histórica Fazenda Palmira. Um local onde percebe-se com clareza um ar de fazenda velha.

Segundo informações dos moradores da região, o proprietário da Palmira era um senhor dono de escravos do final do século XIX, conhecido e afamado pela riqueza que tinha dono de grandes faixas de terras e animais, também foi condecorado com título de patente assim como a maioria dos fazendeiros daquela época.

A economia da Palmira era baseada na fabricação de rapadura, cachaça de cana e algodão. No pátio da fazenda ainda tem muitas árvores antigas como mangueiras e um ipê centenário, além da capela onde guarda os restos mortais dos antigos donos da propriedade rural.

A Fazenda Palmira ajuda a remontar os capítulos perdidos da história do Brasil no leste maranhense.

(Pesquisa e imagem: José Antônio Basto)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

RIO MOCAMBO: UM PASSEIO PELA HISTÓRIA

RIO MOCAMBO -  FOTO/JOSÉ ANTÔNIO
Num período da História do Brasil, em especial falando dos capítulos em que o Maranhão faz parte onde as forças legalistas do governo imperial tentava sufocar aqueles desprovidos de direitos que lutavam por um pedaço de terra e justiça social, (os insurretos da Guerra da Balaiada, 1838-1842 -, sendo seus líderes máximos: Raimundo Gomes, Francisco dos Anjos e o Negro Cosme. Vaqueiros, lavradores e artesãos, foram obrigados a pegar em armas para defender suas honras e anunciar um novo caminho rumo a liberdade.

Foi daí então que por volta de 1843, após a execução do último líder do movimento guerrilheiro, o Negro Cosme, que liderou inúmeros quilombolas na Região do Baixo Parnaíba, pois alguns revoltosos escapando da perseguição dos soldados vieram para as bandas de cá, montando suas trincheiras em barrocas nas margens do Rio Mocambo.

Os primeiros acampamentos foram onde hoje está localizada a comunidade tradicional de Mocambinho, há alguns quilômetros da sede de Urbano Santos. Com o passar dos anos ainda em meados do século XIX, nasceu o vilarejo de “Mocambo” e em seguida Ponte Nova que depois foi emancipada em 10 de Junho de 1929 com o nome de Urbano Santos tendo como primeiro prefeito o Dr. Francisco das Chagas Araújo filho do Coronel José Antonio, homem de grande influência por sua patente doada pelo governo. Com toda essa trajetória pode-se perceber que a história da fundação de Urbano Santos está interligada com a do Rio Mocambo.

Ele nasce nos recantos de uma comunidade chamada Mocambinho como já foi citada, uma vazante repleta de buritizeiros e brejais, terreno arenoso e de difícil acesso. Recebeu esse nome devido ao processo de amocambamento dos balaios -, esta nomenclatura provém da língua africana “quimbundo” e significa “aldeamento ou esconderijo secreto – o mesmo que “Quilombo”.

CRIANÇA BANHANDO NO RIO MOCAMBO -  FOTO/IRAN AVELAR
O Rio mocambo é um afluente do Rio Munim, a partir de sua cabeceira ele desce cortando os povoados: Estiva da Josefa, Bráz, Rumo, Vertente de Baixo, Siricora, Lázaro, Salomão e continua pela sede da cidade pelo Bairro da Graça passando pelo Bairro Fazenda, seguindo em frente correndo por outros povoados: Porto Velho I e II, Escuta, Pequi, Olho D`água, São José e por fim desemboca no Rio Preto na comunidade Sapucaia.

Hoje em dia o mocambo vem sofrendo com a poluição causada por grandes quantidades de lixo jogados pela população em seu leito.

No inicio da década de 20, o Mocambo servia para o tráfego fluvial de mercadorias (farinha, milho, tapioca, rapadura, tiquira, cachaça de cana e outros gêneros de nosso município), eram embarcadas através de lanchas e canoas, saindo da sede, caindo no Rio Preto e seguindo para a Região do Munin para a comercialização.

Algumas atividades de cunho social já foram feitas para amenizar o lixo no rio, como as ações sociais de limpezas organizadas pela antiga ONG Entrerrios. O Rio Mocambo inspirou o autor do nosso Hino Municipal, o Pe. José Antonio de Magalhães Monteiro, no trecho que diz “Rio Mocambo de lutas gloriosas/ Em que heróis desejaram a liberdade”. Já foi tema também de telas (pinturas) e poemas de filhos da terra. O Rio Mocambo é responsável em grande parte pela economia de nossa população.

As novas gerações precisam conscientizar-se que o Rio Mocambo é fundamental para a sobrevivência de nossa gente no abastecimento de água e sobretudo nos antecedentes que ajudam a compor uma página importante da história do Maranhão e do Brasil. 


José Antonio Basto/Poeta e pesquisador
Urbano Santos-MA

CANHÃO DA GUERRRA DA BALAIADA (1838-1842) NA COMUNIDADE TRADICIONAL DE BOA UNIÃO - ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE URBANO SANTOS-MA.

IMAGEM DE JOSÉ ANTÔNIO BASTOS
A comunidade tradicional de Boa União remonta a história oitocentista brasileira em meados do século XIX e inicio do século XX na Região do Baixo Parnaiba Maranhense.

Os seus moradores mais antigos contam com convicção os fatos de como foi formado o primeiro povoamento com os engenhos de cana-de-açúcar para a fabricação de cachaça, mel e rapadura, a antiga fazenda teve a presença de escravos e possivelmente quilombos formados nos seus arredores.

Hoje a comunidade guarda um tesouro histórico de vestígios da famosa Insurreição dos Balaios e do processo socioeconômico local. Um canhão debaixo das mangueiras é a prova viva de um ato que por ventura tenha sido planejado para sufocar o movimento rebelde dos vaqueiros, camponeses e artesãos, uma vez que o comandante guerreiro Negro Cosme – “Tutor e Imperador das Liberdades Bem-ti-vis” andava recrutando escravos naquelas redondezas vindo de Brejo e Chapadinha, pois o mesmo segundo alguns documentos já tinha invadido a Fazenda Catingueira entre as cidades de Tutóia e Barreirinhas –, num lugar chamado Priá ou Periá libertando dali todos os negros acorrentados.

As antigas peças do engenho, tachos de cobre, alicerces, muralhas e trincheiras do período são encontrados no local do pátio da fazenda, com mangueiras centenárias e pés de angelim.

O povoado foi desenvolvido nas margens do Rio Preguiças pela atração das terras férteis e abundância de água e capinzais para a pastagem do gado e trabalhos feitos na época. Ainda pode-se ver o famoso sino da capela centenária, este que por sua vez tenha vindo da Europa juntamente com vasos e outros utensílios domésticos pertencentes aos proprietários da casa-grande.

A história de Boa União é importante para entendermos os conflitos e as relações sociais no interior do leste maranhense no final do século XIX, um capítulo importantíssimo da história do Maranhão e do Brasil. 


Pesquisa: JOSÉ ANTÔNIO BASTO

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

RUMO AO SELO UNICEF: PREFEITURA DE URBANO SANTOS ENCERRA A SEMANA DO BEBÊ COM A ESCOLHA DO BEBÊ PREFEITO - 2014

A prefeitura de Urbano Santos realizou diversas programações educativas voltadas para as crianças.

A I Semana do Bebê é uma realização da prefeitura municipal de Urbano Santos, sob administração da prefeita Iracema Vale, com apoios das Secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social e do CMDCA.

Com o tema “O Bebê e o Mundo que o Cerca”, as ações foram realizadas durante uma semana direcionadas às crianças de zero a seis anos e, também, às futuras mães, destacando a importância do parto normal e amamentação até os seis primeiros meses de vida da criança.

Destaque da semana foi a escolha do 1º bebê prefeito e bebê vice-prefeito.

A Semana do Bebê seguiu a orientação da Unicef e no Município teve a regulamentação da Comissão Pró-Selo Unicef.

Entre as ações previstas estava inclusa a escolha do Bebê do Ano de 2014, que, em conformidade com os critérios foram escolhidos o bebê prefeito e o bebê vice-prefeito.

O 1º Bebê prefeito nasceu em 26/11/2014, às 10:50 m da manhã. É filho da Sr. Maria Aparecida de Sousa Santos e do José de Ribamar Correia Macedo e moram na rua Gonsalves Dias, Bairro São Raimundo. A realização do parto foi normal e contou com o médico Sálvio Moraes, onde a criança pesou 3.310 kg, sexo masculino.

O 2º bebê Vice-prefeito nasceu no dia 26/11/2014, às 9:00 hs da manhã. O parto foi cesariano feito pelo médico Cristian. O bebê é filho de Cristina Pires de Sousa e de José Carlos Frazão, moram na rua Santo Antônio, Bairro Fazenda. A criança pesou 3.480kg. Sexo masculino.

O bebê prefeito recebeu simbolicamente a chave da cidade. Vale destacar que estes bebês irão receber toda uma atenção especial.

Após a entrega da chave ao bebê prefeito, a Secretaria de Saúde realizou sorteio de kits de enxoval completo para as futuras mamães.

No encerramento da semana do bebê contou com Vice-prefeito Miguel Mesquita, da Secretária de Saúde, Clesiane Sousa, Secretária Adjunta de Educação Vagnéia Monteles, Vereadores, Articulador do Selo Unicef, Clemilton Barros Gilbeonilton, e do Presidente do CMDCA e Sociedade em geral Jeoflancos de Jesus.

VICE-PREFEITO ENTREGA A CHAVE SIMBÓLICA DO MUNICÍPIO AO  1º BEBÊ PREFEITO - ANO 2104

1º BEBÊ VICE-PREFEITO - ANO 2014                                                                                                                       
AS FUTURAS MAMÃES RECEBENDO KITS DE ENXOVAL



























VEJA O VÍDEO - BEBÊ PREFEITO RECEBE A CHAVE SIMBÓLICA DO MUNICÍPIO

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

AGRICULTORES FAMILIARES SE QUALIFICAM NO CURSO NEGÓCIO CERTO RURAL, PELO PROJETO SERTÃO EMPREENDEDOR

Iniciou-se mais uma turma do programa NEGÓCIO CERTO RURAL, curso voltado para pequenos produtores rurais e suas famílias.

Com ferramentas simples de gestão eles aprendem a desenvolver e melhor administrar a pequena propriedade rural. 

MARCELO FIGUEREDO                                                                               
O programa tem 46 horas, sendo 2 horas de consultoria na sala de aula e 4 horas de consultoria individualizada na propriedade. 

Em 2014 o município de Urbano Santos conta com 02 turmas ministrada pelo facilitador Marcelo Figueredo - SENAR Maranhão, 60 famílias cursantes, totalizando 30 propriedades atendidas. 

O curso é oferecido ao município através da Prefeitura de Urbano Santos, que sob administração de Iracema Vale vem mantendo a parceria com SENAR e SEBRAE. 

Estas parcerias vêm desde do ano de 2013. O programa já formou 38 agricultores que melhoram a administração e gestão de suas propriedades.

Neste ano de 2014, o programa NEGÓCIO CERTO RURAL conta com a segunda turma que teve início na última quarta feira.

























CLIQUE AQUI E VEJA A MATÉRIA SOBRE O 01º CONCURSO DE REDAÇÃO

ESCOLAS DE URBANO SANTOS PARTICIPAM DO Iº CONCURSO DE REDAÇÃO: ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR, DA EMBRAPA

Por intermédio da secretaria Municipal de Agricultura, em parceria com a EMBRAPA, o município de Urbano Santos está participando do Iº Concurso de redação: Ano Internacional da Agricultura Familiar, com o tema "A importância da agricultura familiar para o futuro das crianças e adolescentes no território dos cocais e do baixo Parnaíba no estado do Maranhão".
Participam do concurso 6 escolas municipais, das quais 4 foram beneficiadas com a biblioteca Embrapa. As demais são atendidas pela biblioteca pública municipal. 
O objetivo, é incentivar a criatividade e inovação dos alunos de escolas públicas, através da escrita do tema proposto.

No baixo Parnaíba apenas 5 municípios irão participar do concurso, sendo que nestes apenas 4 escolas participam. Em Urbano Santos são 4 escolas da sede e duas da zona rural, participando do concurso. 
Engenheira Agrônoma Alba Tahan
Na última sexta-feira, 07, foi realizada uma reunião com alunos da escola Jarbas Passarinho, no povoado Cajazeiras, para divulgação do edital do concurso. O evento foi o segundo realizado pela secretaria. 
Estiveram presentes no encontro, a secretária adjunta de agricultura, Priscila Faustina, e ainda a engenheira agrônoma do município, Alba Tahan. Na manhã do último sábado, 08, foi realizado uma divulgação do edital com as 4 escolas da sede, participantes do concurso. O evento ocorreu no centro social urbano, Peneirão. 
Secretária adjunta, Priscila Faustina

 FONTE: BLOG INTERLIGADO

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE URBANO SANTOS REALIZA II FÓRUM MUNICIPAL DE LEITURA, COM O TEMA: "COMPARTILHANDO AS EXPERIÊNCIAS"

A Secretaria Municipal de Educação com total apoio da Prefeitura Municipal de Urbano Santos- MA, sob administração da prefeita Iracema Vale, promoveu nos dias 30 e 31 de outubro de 2014, no Centro Social: Peneirão,  o II Fórum Municipal de Leitura, com o tema "COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS": a qualidade que queremos, sendo uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação realizado por coordenadores da SEMED, professores e gestores, demais coordenadores  voltado para a divulgação e promoção de leitura nas escolas do município, e teve como um  dos seus objetivos socializar as experiências vivenciadas pelos alunos, professores, gestores e coordenadores, nos projetos realizados em suas instituições de ensino, a fim de fomentar a aprendizagem. 
A abertura oficial do Fórum contou com a presença da Secretária Municipal de Educação Senhora Nilma da Silva Sodré, a Secretária Adjunta Senhora Vagneia Monteles, o Presidente da Câmara de Vereador Profº José Raimundo Santos, a Secretária de Administração Senhora Conceição Pinto, Conselheiro de Gestão Senhor Clemilton Barros e a Senhora Darcy Melo no ato re­presentando a Prefeita Municipal Senhora Iracema Vale; professores, diretores de escola, demais Secretários de governo.
A abertura do evento contou com os técnicos do INSS: Domingos Pinto, Claudio Coelho e o Gerente Hécio Sodré, ministrando uma conferência sobre a Previdência na escola e aproveitaram para esclarecer sobre os principais atendimentos feitos na agência local.
Na sequência, houve a dramatização feita por alunos do Curso de Filosofia, PROFEBPAR/UFMA-2014, com o tema: "O florescimento do cinismo".

Em seguida os professores da UEB Paulo Diniz da Costa, foram premiados com os notebooks ofertados pela Prefeita Iracema Vale. 

O II Fórum de Leitura, resgatou um pouco do que representou a primeira edição, em 2013, alguns trabalhos apresentados no Sarau 2014 Resgate Histórico Literário, aproveitando para dizer que precisamos valorizar nossos trabalhos, nossas experiências e os resultados que comprovadamente tem dado certo na  sala de aula.

Na ocasião, o professor Clemilton Barros destacou que “através desses trabalhos, os professores estão nos dizendo que a educação tem melhorado muito, a perceber pela qualificação dos professores e das diferentes experiências que trouxeram para a comunidade”.

Durante o dia 31, mais de 400 profissionais da educação tanto da sede quanto da zona rural, vereadores e outras autoridades estiverem presentes, apreciando os projetos e relatos de experiências, simultaneamente houve sorteios de livros e distribuições de brindes. Na equipe da SEMED fica a sensação de dever cumprido, e a perspectiva de que outros eventos dessa qualidade aconteçam mais vezes.


 FONTE: TEXTO DA SEMED 
 FOTOS: EDSON MUNIZ
Veja os avanços na Educação de Urbano Santos - Clique Aqui

VEJA O SITE DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - CLIQUE AQUI

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

17 DE OUTUBRO, “DIA MUNICIPAL DA CULTURA URBANOSSANTENSES”

Lá vem os blocos carnavalescos nas ruas de nossa cidade...
Vem todo mundo enfeitado...
Vem todo mundo cantando,
Numa alegria sem fim!
Olha! A Manguba está esperando pessoas no Beco do Sólon! Cuidado!
Ela já assombrou muita gente...
Inclusive casais de namorados
E andarilhos altas horas da noite
Lá vem o Bumba-Boi...
Com sua malícia encantando o povo
Nas festas juninas...
Com caboclos de penas, vaqueiros e índias,
Lá vem o Festejo da Natividade!
Com várias festas e barraquinhas para a diversão
Lá vem a Cigana Milagrosa do Bom Fim, desde 1902...
Com seus cantos e encantos
Lá vem as muralhas de Santa Maria...
Muralhas do Século XIX, onde muitos escravos deixaram suas marcas
Muralhas construídas pelo rico fazendeiro
João Paulo de Miranda
Visitem o Povoado de Santa Maria para conferir
Lá vem os pelouros do canhão de Boa União
Lá vem nossa história numa charrete
Lá vem! Lá vem o Balaio Raimundo Gomes
Disfarçado de Corcel
Puxando a charrete carregada de insurretos
Lá vem pessoal os toques dos tambores
O zinir do berimbau!
O ronco dos pandeiros e caxixis
No gingado da capoeira
E dessa vez eu também vou jogar
E jogar com malandragem
Com vontade, na luta brasileira...
Porque é de lá minhas ricas origens africanas
Escravos, Reis Tribais de Angola...
Escrava Bilina, minha tataravó...
Negra fujona do Cativeiro de Sucuruiú no Baixo Parnaiba
Breve sua história de resistência
Lá vem! Lá vem a nossa cultura...
Lá vem nossa cultura, nas páginas da poesia,
E na arquitetura das velhas casas da Rua 10 de Junho e centro da cidade,
Lá vem nossa cultura nas fotografias mais antigas
E no canto simples da vida
VIVA A CULTURA URBANOSSANTENSE! VIVA!

José Antonio Basto
Poeta urbanossantense
17/10/2014

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

VEJA A HISTÓRIA DO POVOADO BOA UNIÃO MUNICÍPIO DE URBANO SANTOS/MA


A comunidade tradicional de Boa União remonta a história oitocentista brasileira do final do século XIX na Região do Baixo Parnaíba Maranhense. Os seus moradores mais antigos contam com convicção os fatos de como foi formado o primeiro povoamento com os engenhos de cana-de-açúcar para a fabricação de cachaça e rapadura. Hoje a comunidade guarda um tesouro histórico de vestígios da famosa Insurreição dos Balaios – Guerra da Balaiada 1838-1842 e do processo socioeconômico local. 


Um canhão debaixo das mangueiras é a prova viva de um ato que por ventura tenha sido planejado para sufocar o movimento rebelde, uma vez que o comandante guerreiro Negro Cosme andava recrutando escravos naquelas redondezas, pois o mesmo já tinha invadido a Fazenda Catingueira entre as cidades de Tutóia e Barreirinhas – num lugar chamado Priá. 

As antigas peças do engenho, tachos de cobre, alicerces de muralhas e trincheiras do período são encontrados no local do pátio da fazenda, com mangueiras centenárias e pés de angelim. O povoado foi desenvolvido nas margens do Rio Preguiças pela atração das terras férteis e abundância de água e capinzais para os trabalhos feitos na época. Ainda pode-se ver o famoso sino da capela centenária, este que por sua vez tenha sido vindo da Europa juntamente com vasos e outros utensílios domésticos pertencentes aos proprietários da casa-grande. 


A história de Boa União é importante para entendermos os conflitos e as relações sociais no interior do leste maranhense no final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, um capítulo importantíssimo da história do Brasil.

*JOSE ANTONIO BASTO
Poeta e pesquisador
"A história do povoado Boa União município de Urbano Santos e do Baixo Parnaíba Maranhense nos breves encontros e desencontros." (PESQUISADOR: JOSE ANTONIO BASTO) 

sábado, 11 de janeiro de 2014

SOCIEDADE, ECONOMIA E CULTURA URBANOSANTENSE: É DIA DE FARINHADA!

A farinha de mandioca, farinha de puba ou farinha d`água e a farinha seca é um derivado da matéria prima da mandioca, conhecida cientificamente por “Manihot esculenta.” A arte de fazer farinha é uma atividade centenária herdada dos nossos ancestrais indígenas da América Latina. Há estudos afirmativos que a fabricação de farinha no Brasil tenha também a contribuição cultural dos Africanos que aqui trabalharam como escravos nos séculos XVI, XVII, XVII e XIX.

Mas é certo que a mandioca tenha sua origem nas terras americanas, onde explica a nota: “O nome dado ao caule do pé de mandioca é maniva, o qual, cortado em pedaços é usado no plantio. Trata-se de um arbusto que teria tido sua origem mais remota no oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia) e que, antes da chegada dos europeus à América, já estaria disseminado, como cultivo alimentar, até a Mesoamérica (Guatemala e México). Espalhada para diversas partes do mundo, tem hoje a Nigéria como seu maior produtor.

No Brasil, possui muitos nomes, usados em diferentes regiões, tais como: mandioca-brava - a que contém o veneno ácido cianídrico, aipim, castelinha, macaxeira, mandioca-doce, najazinha, branquinha, praiana, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre e variedades como aiapuã e caiabana, ou nomes que designam apenas a raiz, como caarina.”

 
Urbano Santos já foi uma cidade líder na fabricação de farinha no Estado do Maranhão. Nos anos 70, 80 e 90, saía de nosso município muitas carradas de paneiros e sacos de farinha de puba, para a venda em outras cidades do Estado e principalmente para a comercialização na Capital São Luís. A farinha produzida no Município de Urbano Santos era conhecida nesse tempo como especial, bem amarela e sequinha.
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Em alguns casos os seus fabricantes adicionavam à massa, manteiga e côco, para dar um sabor muito mais irresistível. Muitas comunidades principalmente da zona rural viviam da produção de farinha, que tem sua fase inicial no mês de Julho indo até final de Novembro.

Para esse processo tudo começa no plantio lá na roça. Quando o lavrador ao acordar cedinho leva sua família paraplantar manivaenquanto uns cavam o chão, outros cortam o caule da planta em pedaços de dezesseis a vinte centímetros, onde outras pessoas vão concluindo colocando-os na cova e cobrindo com pouca terra.

Após um determinado tempo, surgem os primeiros brotos e então nasce dali uma bela roça de mandioca (são miguel – san nunga ou roça de janeiro). Depois de um ano a mandioca está madura, no ponto da colheita. É hora de preparar os jegues com jacás (recipiente feito de talas de bambú) e xaxos (um pedaço de metal com um cabo de madeira) para arrancar a mandioca da terra.

Arranca-se as raízes da terra, levando-as até o pubeiro (local onde se coloca as raízes de molho durante três dias). Passando-se esse período é o momento de “tirar a puba” as raízes já sem o leite e amolecidas são lavadas e colocadas nos jacás novamente e destinadas aos girais (espécie de suporte feito de madeira e coberto de palhas para alojar a puba). Do giral a puba vai para o “banco do caititú” e em seguida a massa é triturada.

Para acontecer esse processo, antigamente se usava a famosa “bulandeira” (roda de madeira) onde na maioria das vezes, dois homens com as forças dos braços, puxavam a roda que através de uma correia feita de couro cru anexada à púlia (pequeno pedaço de madeira escavado) girava a “bola do caititu” (uma espécie de ralo) parecida com o porco caititu das selvas da América. Nesse sentido uma mulher sentada no banco faz o manejo do ralamento perigoso da puba.


Depois a massa já triturada é, colocada nos “tipitis” (cestos compridos feitos de palha de buriti), a massa é escorrida e depositada na gamela para ser peneirada, usa-se uma peneira feita de talas de tabocas, guarimã ou buriti para esse sistema. A massa peneirada é enviada para o forno, que já está muito aquecido e ensebado com sebo de gado, para não grudar a massa no metal ou cobre.

Os primeiros momentos chama-se “passar a massa” depois da massa passada no vai-e-vem do rôdo, ela é recolocada em outro forno para o ponto final, conhecido como “secar a farinha” (apuramento da farinha). Passado esse momento a farinha torrada é depositada nas gamelas para o esfriamento e depois de fria, segue-se o sistema de empaneiramento da farinha.


Os lavradores tem o costume de fabricar os côfos (cestos de palha de babaçú) e colher folhas de axixá, guarimã ou bananeiras quando necessitam de por a farinha nos paneiros. Os paneiros são forrados com as folhas para o alojamento da farinha. Portanto chega-se ao fim da farinhada.

Os lavradores vendem a farinha para resolverem seus negócios.  Nos anos oitenta e noventa em Urbano Santos era muito comum, os trabalhadores rurais se prepararem para a farinhada com o intuito de vendê-la para arrumarem um dinheiro e passar o “FESTEJO” em Setembro. Essa prática é mantida até os dias de hoje em nossa cultura.

Urbano Santos foi grande campeão de fabricação de farinha. Isso tem que ser reconhecido, pois as gerações contemporâneas devem tomarem conhecimentos desse maravilhoso processo que contribui para o avanço do nosso município tanto na questão socioeconômica, quanto cultural e social, se perpetuando de gerações para gerações. “Farinhada é motivo de alegria, força do trabalho rural, cultura e desenvolvimento sustentável.”

AS FOTOS SÃO DE UMA FAMÍLIA FAZENDO FARINHA NA CASA DE FORNO, NO POVOADO BAIXA GRANDE - MUNICÍPIO DE URBANO SANTOS, ESTADO DO MARANHÃO – BRASIL. Pesquisa feita por José Antônio Basto - Urbanosantense.

JOSÉ ANTÔNIO BASTO -
Poeta e pesquisador - (98) 98890-4162 - bastosandero65@gmail.com

sábado, 2 de novembro de 2013

É DIA DE FARINHADA!

POVOADO GUARIBAS III
A farinha de mandioca, farinha de puba ou farinha d`água e a farinha seca é um derivado da matéria prima da mandioca, conhecida cientificamente por “Manihot esculenta.” A arte de fazer farinha é uma atividade centenária herdada dos nossos ancestrais indígenas da América Latina. 

Há estudos afirmativos que a fabricação de farinha no Brasil tenha também a contribuição cultural dos Africanos que aqui trabalharam como escravos nos séculos XVI, XVII, XVII e XIX. 

 Urbano Santos foi grande campeão de fabricação de farinha. Isso tem que ser reconhecido, pois as gerações contemporâneas devem tomarem conhecimentos desse maravilhoso processo que contribui para o avanço do nosso município tanto na questão socioeconômica, quanto cultural e social, se perpetuando de gerações para gerações. “Farinhada é motivo de alegria, força do trabalho rural, cultura e desenvolvimento sustentável.” 

(Pesquisa e fotos: José Antonio Basto)