FOTO DE JOSÉ ANTONIO BASTOS |
A bacaba, bacaba-açú ou bacaba-verdadeira (Oenocarpus bacaba) é uma
palmeira nativa da Amazônia. Distribui-se por toda Bacia Amazônica, com
maior freqüência no Amazonas, Pará, Acre, Maranhão e Tocantins. Possui
como habitat a mata virgem alta de terra firme. Também se acha na
floresta do Pacífico, no oeste da Colômbia. É uma palmeira monocaule de
porte alto e estipe liso. Pode atingir até 20 metros de altura e 20 a 25
cm de diâmetro.
O fruto é uma drupa
subalongado quando jovem, subglobosa quando adulto podendo atingir até
3,0 gramas. A propagação é feita por sementes que germinam entre 60 e
120 dias, apresentando crescimento lento. É arredondada, de casca roxa e
polpa branco-amarelada, rica em um óleo, de cor amarelo-clara, usado na
cozinha.
A polpa do fruto é utilizada no preparo do "vinho de
bacaba". A polpa é extraída do fruto desta palmeira, a qual dá frutos em
cachos com dezenas de caroços. Os cachos pesam normalmente 6 a 8
quilos, podendo ocorrer, no entanto, exemplares com mais de 20 quilos.
Para a obtenção da bebida, procede-se da mesma forma que no preparo do
açaí. Obtém-se, assim, um líquido de cor parda, servido gelado com
açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Deliciosa e refrescante, a
bacaba é, no entanto, menos popular que o açaí. É muito usada também
para fazer sorvetes.
As amêndoas e os restos de macerado da polpa
são utilizados na alimentação de suínos e aves. As folhas são usadas
pela população do interior como cobertura de moradias, enquanto o tronco
serve como esteio, viga e cabo de ferramentas. Existe uma cidade no
Maranhão chamada Bacabal que recebeu este nome devido à grande
quantidade dessa fruta existente ali no ano de sua emancipação.
TEXTO DE JOSÉ ANTONIO BASTOS
FOTO: JOSÉ ANTONIO BASTOS
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