Ele ficou mundialmente conhecido após ser
encontrado morto em uma praia na Turquia, na quarta-feira, 2 de agosto de
2015.
A foto de Kurdi virou, desgraçadamente, um símbolo para chamar atenção da
humanidade para situação dos refugiados sírios, expulsos do seu pais pela
guerra civil e pelo diabólico Estado Islâmico.
O pequeno Aylan Kurdi é uma das vítima da
crueldade que vem se instalando na Síria sob as barbas das Organizações da
Nações Unidas, que a cada dia vai se tornando uma entidade abstrata,
mero fórum para abrigar uma elite de diplomatas internacionais que se
contenta em ficar na mais profunda omissão enquanto o mundo desaba sobre a
cabeças de milhões de seres humanos lá para as bandas do Mar Mediterrâneo.
Às vezes fico pensando como as gigantes
Google/Youtube, Facebook, Twitter, Microsoft, Apple etc se contentam em ganhar
bilhões de dólares através imagens, fotos, vídeos, programas, aplicativos pela
internet e não terem a coragem comprar um pedaço de chão e construir uma cidade
inteira para abrigar os refugiados sírios. Pode parecer algo absurdo, mas
seria perfeitamente possível algo do tipo.
Contudo, claro, o que ocorre na Síria e regiões
vizinhas é uma questão mais de política local e internacional do que de
interesse do mundo corporativo.
Certamente se tivesse uma gota sequer de
petróleo em risco no caso em questão, os país centrais, liderado pelo império
estadunidense, já teriam dado uma “solução final” no problema.
Mas não é o petróleo que está morrendo na Síria:
é gente.
E gente é só um detalhe para o capitalismo.
Quanto às gigantes Google/Youtube, Facebook, Twitter, Microsoft, Apple etc, vão levando a vida e trilhões de dólares a cada “clique” que damos na internet, inclusive para ver a foto do corpo do pequeno Aylan Kurdi debruçado numa praia da Turquia.
Que mundo!
EXTRAÍDO: BLOG ROBERT LOBATO
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